quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Mausoléo

Vim assoprar a poeira...
Mas resolvi rabiscar com o dedo
Nesta lápide virtual
Qualquer palavra, encantada
Que crie asas...
E voe nesta sala vazia
Fazendo eco neste espaço oco
Quem sabe não traga de volta
Os que aqui nunca estiveram...
Alguém? Hei!!! Grito fazendo zueira
Num acinte de rebeldia
Poetas?? Vivos ?!?!
Pergunto com ironia
Quero perturbar, incomodar mesmo
Ressuscitar de qualquer maneira
A poesia que pereceu
E cada poeta que desfaleceu
E se entregou à conveniente letargia.

(cppp 16/12/2015)