Não me diga como reagir
Não me limite ao teu egoísmo
Enquadrando-me em teu falso altruísmo
A velar um sínico sectarismo
Não me subtraia a intensidade
Das reações e emoções com que vivo
Com que me movo e me expresso
Porque te incomoda a minha liberdade
Não me esconda em teus temores
Querendo mensurar minhas dores
Com a régua inconsistente de tuas carências
Da não vivência de teus amores
Não me amarre em teu tempo
Do que é plausível ou não
Baseado em teorias e retórica
De quem não coexisti na ampulheta
De areias movediças a subverter a razão
Não me aprisione aos teus conceitos
De neófitos e pobres argumentos
Morejos imaturos de uma egocêntrica psiquê
Que esmorece ante a coragem da experiência
Ignorando as possibilidades da existência
Não me roube, das palavras, a pureza
Distorcendo-as em teus melíndres
Na escura timidez de teu obtuso mundo
De janelas mas sem portas, sem incerteza
Sem risco, sem ousadia, superfial, nada produndo!
(12-03-2010)
Um comentário:
Ui... de novo! rsss tá bacana.
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