E tagarelas, sim, tagarelas!
Sua beleza e seu carinho
Estão a falar tão alto
Que tomam de sobressalto
O transeunte incauto
Que se atreve a cruzar seu caminho.
As flores amarelas, tão generosas...
Singram vaidosas e garbosas
Vão espalhando sua cor
Ocupando os jardins, faceiras
Enchendo os vasos nas soleiras
Invadindo o olhar da gente
Oferecendo-se livres e sem pudor.
As flores amarelas, tão comuns...
Não se revelam a qualquer um
Há de se traduzí-las com sentimento
Senão passarão despercebidas
E suas dádivas murcharão, perdidas
Dádivas de plantar um sorriso na alma
E de nos perfumar o pensamento.
(cppp - 29/07/2015)

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