Tenho pavor!
De um coração pequeno
Que não arrisca, que não ousa
Que só se atreve às certezas
Que de tudo exige perfeita clareza
Tenho receio...
Destes que nunca mudam
Que jamais tentam o novo
Que se acomodam num mesmo sabor
Que sempre elegem a mesma cor
Que horror!
Uma alma sem um viver pleno
A exigir garantia de toda cousa
Presa no previsível e sem leveza
Fadada ao ceticismo de toda beleza
Tenho pena...
Dos iludidos com o perfeito... acudam!
Que ao pensar não permitem renovo
Que se ressentem de qualquer dissabor
Que não se doam sem um contrato de favor
Sim, tenho pena...
Porque estes são os mesmos sonhadores
Que acaletam lá no recondito do pensamento
Um alguém, um bem, um relacionamento
Que doe, doe, doe, doe!! ...e nunca traga dor
E ao Outro demandam como único responsável
Por este tão exigido: verdadeiro amor.
(cppp - 21/07/2015)
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