Há algum tempo
Não escrevo nada!
Nenhuma linha,
Nenhum verso,
Estou silente,
muda, calada.
Neste intervalo poético
De um tempo infindo,
De uma brisa de inverno
De uma folha caindo
Me deixei ficar
Sem muito pestanejar
Sem reagir, sem contestar
No meio do turbilhão
De tarefas
De afazeres
De novidades
De cansaços
De um rio de pedaços
De tudo e de nada!
Durante algum tempo
Aprisionei o lirismo
Deixei-o em suspense
No oscilar de um pêndulo
Quase que de castigo
Fadado ao ceticismo
Da inspiração ausente.
(23-05-09)
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