Qual ironia da vida,
Porque não acredito em destino,
Quis o momento
Despois de me descobrir poeta,
Que um poema ofertado
À minha mãe,
O meu primeiro,
Viesse com silhueta lúgubre
Com sombras de um derradeiro
Sendo mais uma catarse
De um debater que não se finda
De minha quase falta de lucidez
De não querer aceitar
O ter minha mãe se encontrado
Ou não, ainda
Neste seu peculiar e abissau mundo cinza.
No meu entender egoísta
(Por não entender seu tormento)
Mesmo que com alma ferida,
Ainda acho ser possível
Ver e encontrar o tino
Dos coloridos e vibrantes tons
Que se misturam teimosos
Com os cinzas e marrons
- Frustrações e Ressentimentos -
Expostos e Dilatados...
Mas ainda são cores!
Desta paleta em carrossel
E fazem da vida
Um fantástico painel
O milagre que vale a pena
Ser vivido com todo seu dilema!
(24-05-09)
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